Tire as suas dúvidas sobre aporte estrangeiro para startups
Buscando investimentos para alavancar sua startup? O aporte estrangeiro para startups vem crescendo no Brasil. Anteriormente concentrado em empresas consolidadas e com altos valores, hoje é possível detectar uma maior variedade de investimentos estrangeiros, inclusive em etapas iniciais das empresas.
Esse movimento é gerado pelo bom momento do ecossistema de inovação no país, assim como a desvalorização do real perante o dólar. E isso é uma ótima notícia para as startups nacionais, que veem suas chances de receber aporte estrangeiro nas modalidades anjo, pre-seed e seed.
É importante lembrar que em todo o mundo as startups precisam de investimento de capital de risco para crescerem. A procura e tomadas de investimentos estão no seio do desenvolvimento das empresas inovadoras.
Vem entender com a gente o que é o aporte estrangeiro para startups, suas vantagens, como conseguir e seus aspectos legais!
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O que é o aporte estrangeiro para startups?
Quando falamos em aporte financeiro, estamos nos referindo a uma contribuição ou um subsídio realizado em valores. Para os negócios, o aporte está diretamente relacionado a um reforço de capital visando alcançar um objetivo estratégico.
Nas startups, os aportes financeiros são fundamentais para que o empreendedor seja capaz de escalar o negócio e conquistar melhores resultados: maiores receitas, lucro e base de clientes.
O aporte estrangeiro para startups é todo investimento em empresas realizado por pessoas não nacionais e cujos recursos são oriundos do exterior. Esse tipo de operação é classificada legalmente como Investimento Estrangeiro Direto (IED).
Como conseguir aporte estrangeiro para startups?
Não é de hoje que investidores estrangeiros são atraídos pelas startups brasileiras. Algumas de nossas primeiras unicórnios, empresas com valor acima de R$ 1 bilhão que não estão na bolsa, como a 99 e Nubank receberam aportes de estrangeiros durante sua trajetória.
Em 2019, o investimento estrangeiro em empresas nacionais alcançou a marca de U $17,9 bilhões, sendo que boa parte desses valores foram destinados a startups.
É comum, contudo, pensar que apenas empresas já consolidadas são capazes de atrair o interesse do exterior. Embora essa impressão não seja de todo injusta, é inegável que esse quadro vem mudando, com uma maior procura por negócios em estágios iniciais.
Uma das melhores formas de atrair o interesse internacional é participar de programas de investimento.
Esses programas consistem em um sistema organizado onde as startups buscam o investimento junto a negociadores. A participação nesses programas contribui para que sua empresa venha a ser descoberta por investidores.
A participação nesse tipo de programa exige que o empreendedor conte com um bom discurso de vendas. Os pitchs, como são chamados, são apresentações curtas sobre seu projeto, objetivos e perspectivas e deve ser capaz de conquistar os investidores.
Fora desses programas é preciso praticar o networking visando ter acesso a potenciais investidores estrangeiros. É um processo mais trabalhoso e que exige muita habilidade comunicacional até chegar aos possíveis interessados.
Em outro artigo do nosso blog, explicamos melhor como você pode se destacar e atrair o interesse de investidores estrangeiros, e damos dicas de como apresentar seu projeto. Para acessar o artigo, basta clicar aqui.
Seja como for, ao procurar o aporte estrangeiro para startup é preciso contar com um plano de negócios bem definido, uma equipe capacitada, conhecimento sobre o mercado e sobre o seu negócio, oportunidades de crescimento e expansão, etc.
Nenhum investidor se interessa por empresas desorganizadas, sem capacidade técnica ou mesmo sem noção de onde está pisando e onde quer chegar.
Conseguir aporte estrangeiro não é fácil. Mas o esforço vale muito a pena.
As vantagens do investimento estrangeiro para startups
A primeira e óbvia vantagem de conseguir capital estrangeiro para sua empresa é o reforço financeiro para que a empresa sobreviva, se desenvolva e cresça. Mas esse é um fator que também ocorre quando o investimento é nacional.
O grande diferencial dessa opção é a possibilidade de trocar conhecimentos, práticas e tecnologias com empresas e pessoas que realizam o aporte, o que gera vantagens competitivas e fortalece seu negócio.
Para que possa colher esses benefícios, sua empresa precisa cumprir as regras do Banco Central do Brasil (BACEN) sobre o Investimento Estrangeiro Direto. Confira essas regras a seguir:
Legislação e tributos relacionados ao Investimento Estrangeiro Direto
Para que a sua startup possa receber e utilizar recursos obtidos a partir de investimentos oriundos do exterior, é preciso seguir as diretrizes estipuladas pelo Bacen.
Antes mesmo do primeiro ingresso de recurso, é preciso realizar o registro dos capitais estrangeiros de forma declaratória e individualizada (RDE-IED), bem como incluir o investidor no Cadastro Declaratório de Não Residentes.
Outras obrigações estipuladas pelo Banco Central são:
- Atualizações periódicas e anuais da gestão do quadro societário, quando houver mudanças na participação societária ou quando o IED for recebido com ativos ou patrimônios líquidos abaixo dos R$ 250 milhões.
- Realizar a Declaração Econômico-Financeira (DEF), de acordo com a data-base, caso ocorra IED com ativos ou patrimônio líquido igual ou acima de R$ 250 milhões;
- Participação no censo de capitais estrangeiros, realizado anual ou quinquenalmente, conforme determina a legislação.
Sobre a tributação, segundo a nossa legislação, o capital estrangeiro que ingressa no país destinado a investimento externo direto, não sofre qualquer tributação, a exceção da IOF, cuja alíquota é constantemente alterada.
Já o repatriamento do capital estrangeiro, quando em valor superior ao registrado, sofre com a retenção de imposto de renda na fonte.
Como receber o aporte estrangeiro?
Para sua empresa receber um Investimento Estrangeiro Direto, é preciso utilizar uma plataforma de transferências internacionais. Essas plataformas garantem a entrada dos recursos do exterior com toda segurança e obediência à lei.
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Publicado por SWAP Câmbios e Capitais
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