Qual é a origem do mercado de câmbio?

Conheça a origem do mercado de câmbio, como ele se transformou até se tornar o que é hoje e qual sua importância para a economia mundial.
Sistema pelo qual moedas de países diversos são negociadas, é o palco em que pagamentos, recebimentos, transferências, investimentos em moeda estrangeira e outras operações internacionais acontecem!
Alimentando relações de turismo entre países, investimentos e transações de comércio, o mercado de câmbio é um medidor da economia global que precisa ser conhecido mais a fundo por aqueles que querem se aprofundar no mercado exterior.
Como acreditamos que o conhecimento é a chave para atuar no setor, dividimos com vocês um pouco sobre a nossa especialidade!
Nesse artigo, navegaremos rumo à origem do mercado de câmbio para entendermos, de maneira didática, sua natureza, suas maiores características e seu modus operandi, a fim de visualizar sua importância e quais influências exercem sobre a economia global.
Vamos começar pelo início?
Origem do mercado de câmbio: como tudo surgiu
Embora os teóricos da economia acreditem que as primeiras formas de taxas cambiais tenham surgido entre 1700-9000 aC, é somente no século XIX, mais especificamente em 1867, que o sistema de mercado que conhecemos começa a ser desenhado.
Até então, não tínhamos um modelo de sistema monetário internacional que abrangesse pagamentos internacionais e conversão de moedas, tampouco existiam parâmetros de regulamentação para medir as relações intergovernamentais, no que diz respeito ao câmbio.
Em 1867, com a primeira conferência monetária realizada em Paris, o mercado de câmbio começou a tomar forma e o Ouro teve grande importância para que fosse possível dar valor às moedas dos países.
Nessa época, os países começaram a dar valor a sua moeda com base na onça de ouro (1 onça equivale a cerca de 28,34g). Foi aí que a Inglaterra, por exemplo, sendo potência do mundo, fixou a taxa cambial de 1 onça para 4,24 libras esterlinas.
Logo após, os Estados Unidos definiu o padrão ouro com uma onça custando cerca de 20,67 dólares.
Este padrão do ouro foi seguido por outros países ao redor do mundo.
Após a Primeira Guerra Mundial, com a economia dos países vencedores fortalecida, o mercado passou a considerar, além do ouro, as moedas da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos. Recuperando o regime de taxas cambiais de flutuação livre e grande avanço de políticas monetárias internacionais.
O mercado, porém, ficou extremamente dependente destas três potências. Essa dependência ficou clara mais tarde, quando a crise de 1929 afetou os Estados Unidos e se espalhou para outras economias.
A evolução da política monetária internacional após a Segunda Guerra
O sistema, que surgiu a seguir em 1944, na cidade de Bretton Woods – EUA, foi assinado por 45 nações aliadas e continha a base do sistema de política econômica que regeria o globo após a Segunda Guerra Mundial.
O tratado tinha como principais objetivos promover a cooperação internacional através das instituições monetárias, facilitar a expansão do comércio internacional, implementar a estabilidade dos câmbios e contribuir para a instituição multilateral de pagamentos.
Nesse período, o dólar ganhou grande força, já que os países fixaram suas moedas nacionais ao dólar dos EUA, sendo este convertido a ouro a uma taxa fixa de U$35 por onça.
O dólar dos EUA se tornou a principal moeda de reserva e o maior parâmetro de referência. Os integrantes do tratado precisavam, constantemente, alinhar suas taxas cambiais com o dólar.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) foi lançado para controlar este sistema.
Por fim, em 1976 com a conferência de Kingston, realizada na Jamaica, os moldes atuais da política monetária e cambiais se estruturaram.
Os países tornaram-se livres para escolherem o regime de taxa de câmbio que quisessem e as relações uns com os outros passaram a se basear em taxas cambiais flutuantes, sendo definidas pelo mercado.
Mercado de Câmbio no Brasil
Em nosso país, a lei que de fato regulamentou o esqueleto de como o Brasil se comportaria no mercado de câmbio, foi sancionada pelo decreto nº 4.182, de 13 de Novembro de 1920.
Nesta lei, era possível observar pontos como a supervisão das instituições que atuam no mercado de câmbio pelos órgãos governamentais, assim como o limite de valores para algumas transações.
Características do Mercado de câmbio atual
Agora que sabemos um pouco mais sobre a origem do mercado de câmbio e como ele se moldou ao que conhecemos hoje em dia, falaremos sobre as principais características desse sistema que é volátil e está em constante transformação.
Em linhas gerais, o mercado opera 24/5 e seu funcionamento varia conforme o país e o horário local, mas, de forma geral, as operações começam no domingo e terminam na sexta-feira.
O mercado é descentralizado e as partes negociam diretamente com o intermédio das instituições financeiras.
Além disso, caracteriza-se como eletrônico e trabalha por meio do mercado de balcão.
Podemos, ainda, subdividi-lo em duas categorias.
Mercado primário: onde ocorrem transações feitas por turistas, importadores e exportadores, prestadores de serviços…
Mercado interbancário onde ocorrem as transações realizadas por bancos autorizados, e instituições financeiras autorizadas pelo Banco Central do Brasil.
Por fim, vale lembrar que o mercado de câmbio é regulado e supervisionado pelo Conselho Monetário Nacional e pelo Banco Central.
Como somos afetados pelo Mercado de Câmbio?
Sendo o Mercado de câmbio o lugar em que negociações em moedas estrangeiras acontecem, uma infinidade de transações acontecem dentro dele. Desde processos de importação e exportação, até as tão sonhadas férias no exterior.
Isso porque todas as transações entre a moeda local e a moeda estrangeira passam pelo mercado de câmbio.
Na prática, estamos falando de pagamentos e recebimentos com cartões internacionais, transferências financeiras internacionais, compra e venda de moedas estrangeiras, até Investimentos em moedas estrangeiras ou ativos internacionais.
SWAP Câmbios & Capitais
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Publicado por Swap Câmbios e Capitais
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