Você já ouviu falar do Pix internacional?

Fala SWAPERS, beleza? Já ouviram falar do Pix internacional? Esse assunto tem sido muito discutido, principalmente depois da criação do projeto Nexus, pelo BIS (Bank for International Settlements), o Banco de Compensações Internacionais ou Banco de Pagamentos Internacionais, popularmente conhecido como Banco Central dos Bancos Centrais. 

A proposta é criar algo muito semelhante ao Pix que conhecemos no Brasil, só que para fazer transações internacionais de forma rápida e segura e com valores reduzidos. 

Será que esse foi nosso Pix que inspirou o mundo? Será que o Brasil vai fazer parte do Pix internacional? Continue lendo e fique  por dentro do assunto!

Pix no Brasil

Em novembro de 2022, o Pix completou dois anos em operação e bateu recordes de adesão! Segundo o Banco Central, foram mais de 5,4 bilhões de transferências feitas no começo de 2022, ultrapassando as transações feitas com o cartão de crédito e tornando o Pix o meio de pagamento mais popular no Brasil. 

Ronaldo Lemos, advogado e especialista em tecnologia acredita que “O sucesso do Pix e sua adoção extremamente rápida certamente é uma grande inspiração. Poucas tecnologias alcançaram 100 milhões de usuários em poucos dias como o Pix alcançou. Nesse sentido, o Pix prova que existe uma demanda universal por facilitação de pagamentos, o que abre um espaço gigantesco para um Pix global.”

Segundo João Paulo Weller, economista e sócio-fundador da SWAP Câmbio, o Pix conseguiu reduzir os custos de transferências, deu acesso ao mercado para pessoas desbancarizadas e surgiu como uma alternativa fácil e rápida para realizar pagamentos, e, ainda, participou da chamada digitalização da economia, ajudando até na sua aceleração.

Entretanto, mesmo diante de tantos impactos positivos, nosso sistema de pagamento instantâneo possui limitações, principalmente quando a questão são transações internacionais, já que ele só permite fazer movimentações bancárias entre contas sediadas no Brasil. 

O que é o Pix internacional?

O projeto Nexus é uma iniciativa do Banco Central dos Bancos Centrais, ele consiste em uma plataforma global que pretende agilizar transações internacionais e conectar países que tenham sistemas rápidos de pagamento, com custos reduzidos e de forma simples e rápida. 

O BIS, conhecido como Banco Central dos Bancos Centrais, sediado na Suíça, lidera o projeto que, se aprovado, pode conectar mais de 60 países que já disponibilizam algum tipo de sistema de pagamento instantâneo, conectando economicamente uma grande parte do mundo. 

Como o Pix internacional vai funcionar?

Segundo o BIS, a intenção é que o Nexus funcione de forma parecida com o Pix, o objetivo é que as transações sejam realizadas 24 horas por dia, nos 7 dias da semana e em até um minuto, tanto entre pessoas físicas, quanto em compras virtuais. 

Tudo indica que não será necessário possuir um aplicativo específico para utilizar o Nexus, já que a proposta é que os bancos centrais de cada país se conectem ao Nexus e disponibilizem para os bancos nacionais a possibilidade de incluir o Pix internacional dentro das ferramentas dos aplicativos de cada instituição. 

Contudo, três desafios principais têm sido enfrentados pelos idealizadores do projeto: o câmbio entre moedas diferentes, a checagem de informações para evitar pagamentos ilícitos e as diferentes linguagens dos sistemas de pagamentos dos países ao redor mundo.

Um projeto de conexão cambial internacional esbarra na conversão entre as moedas e na tradução das mensagens, isso tem tomado tempo no desenvolvimento do Nexus, já que o plano é que o sistema faça a conversão e a tradução instantâneamente.

Outro fator que demanda tempo para o desenvolvimento de algo tão grande é a preocupação com a segurança das transações, pois o sistema precisa ser seguro para os usuários, além de fazer a checagem das informações a fim de evitar crimes como a lavagem de dinheiro, por exemplo. 

Também há uma questão técnica e legal que pode dificultar a conclusão do projeto, que é desenvolver uma plataforma capaz de integrar os diferentes sistemas de pagamento instantâneos dos países participantes, com normas técnicas e diretrizes operacionais que permitam que qualquer Banco Central no mundo participe das operações. 

Quando o Pix internacional será lançado?

O projeto está em fase de testes, atualmente ele conecta os sistemas de pagamento de Cingapura, da Malásia e da Zona do Euro, sendo representado pelo Banco Central da Itália e com transações simuladas. 

Ainda não existe uma data oficial para o lançamento, a expectativa é que, ainda no começo desse ano, sejam divulgados os próximos passos do projeto, mas há especialistas sugerindo que ele chegue ao Brasil em 2025. 

Quais países irão fazer parte do Nexus?

De acordo com o desenho atual do projeto, cerca de 60 países poderiam participar dessa iniciativa, pois possuem sistemas de pagamento instantâneo funcionando em âmbito nacional. 

Segundo o BIS, qualquer país com esse tipo de sistema poderia participar, porém há condições para ser elegível ao projeto, como alguns padrões de experiência do usuário e sistemas antilavagem de dinheiro e antiterrorismo. 

O Banco Central do Brasil tem acompanhado o andamento do projeto e não está participando do período de testes, mas informações da InfoMoney indicam que “o BC já compartilhou informações sobre o desenvolvimento e as operações do Pix com o BIS.”.

Quais as vantagens do Pix internacional?

Atualmente, algumas transações internacionais podem demorar dias para serem aprovadas, além de possuírem processos burocráticos complicados e um custo elevado. Segundo o BIS, pretende-se melhorar a velocidade, o custo e a transparência dessas operações. 

A inclusão financeira é uma das vantagens do Pix internacional, pois a facilitação dos procedimentos e a redução dos valores possibilitará que mais pessoas acessem os serviços de remessa.

A transparência também será maior, pois serão exibidas as taxas referentes ao serviço de forma clara e anterior ao fechamento da operação. Além disso, o BIS tem investido esforços para que o sistema seja seguro, com confirmação dos dados de identificação dos envolvidos nas transações. 

Outra vantagem é que, muito provavelmente, a pedido do G20, que são os 20 países mais ricos e influentes do mundo, as taxas de operações internacionais terão o valor significativamente reduzido, podendo ter valores diferentes em cada país. 

SWAP: atendendo às suas necessidades de transações internacionais

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Até a próxima!